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DR. JOSÉ MARIA DE PÁDUA (FILHO)
(1873-1924)

Médico, músico e político de nomeada, o Dr. José Maria de Pádua nasceu em Olhão a 8 de Fevereiro de 1873 e morreu em Lisboa a 17 de Janeiro de 1924. Era filho do médico olhanense do mesmo nome, que se notabilizou igualmente como músico e foi figura de destaque na sua época e na sua terra natal, a quem também já anteriormente aqui nos referimos.

Formado em medicina pela Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa com a tese Inserção viciosa da placenta, que com este mesmo título mais tarde publicou, estagiou seguidamente nas principais clínicas de França, Suíça e Alemanha, especializando-se em doenças cardíacas e pulmonares e em electroterapia; abriu depois consultório em Lisboa, onde adquiriu rapidamente grande reputação e vasta clientela e foi considerado um dos mais competentes clínicos do seu tempo. Como médico tomou parte em vários congressos, entre eles o Congresso Internacional de Medicina, efectuado em Lisboa em 1906, onde apresentou alguns trabalhos de muito valor.

Acérrimo defensor das ideias liberais desde muito novo, filiou-se no Partido Republicano Português e nessa qualidade foi um dos mais entusiastas propagandistas da República no Algarve, onde se deslocou frequentemente em missão de propaganda, ainda na vigência do regime monárquico; foi até na sua propriedade de Olhão, conhecida por Horta do Pádua, que se efectuaram os grandes comícios de propaganda republicana, entre eles o que antecedeu as eleições legislativas de 1910, dois meses antes da implantação da República. Nestas eleições, o Dr. José Maria de Pádua foi o candidato a deputado mais votado em todo o Algarve; e em 1911 foi eleito, pelo círculo de Silves, deputado às Constituintes, tendo sido eleito senador ainda na mesma legislatura.

Foi também pianista e compositor musical de muito mérito e apreço, tendo fundado, em 1895, com Ilídio Amado, a primeira Tuna Académica de Lisboa. Entre as suas composições musicais destacam-se: Sabat Pater (elegia); Efemera (melodia para instrumentos de arco); Suite Sinfónica (em três andamentos), que constituiu um dos grandes êxitos dos célebres concertos do maestro Pedro Blanch, em Lisboa; e Hyno ao Algarve (orquestrado mais tarde pelo maestro tavirense Pavia de Magalhães, professor do Conservatório Nacional de Música), que foi executado pela primeira vez numa festa promovida pela Casa do Algarve no Teatro do Ginásio, em Lisboa, em 8 de Março de 1931.

 

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Nobre, Antero - Doze Olhanenses que muito honraram a sua terra - Sep. "A Voz de Olhão", 1987