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Embarcações tradicionais
1- Barca da arte de xávega ou redinha era, conjuntamente com o Calão e a Enviada, uma das embarcações usadas no lançamento desta arte e no transporte do pescado. Com cerca de 8 m de comprimento e uma tripulação de 10 homens, era movida pela acção de 6 remos, 3 de cada lado, e tinha à proa uma cabeleira e em cada bordo dois aguenta ferros, que prendiam as amarras da âncora. Era na popa mais alta que a proa, que se guardavam todas as bóias redes e cabos.
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2- O Calão era 1 barco com 7,5 m de comprimento por 2,6 de boca e 1 tripulação de 10 a 12 homens. Tinha a boca aberta, borda rasa, proa redonda e popa ogival. Possuía bancadas para os remadores e quando era utilizada nas armações de pesca, armava uma vela triangular apoiada num mastro ligeiramente inclinado. Tinha como principal característica um olho pintado e um “cornicho” de madeira. |
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3- Enviada de atum era utilizada nesta pesca e no transporte de peixe para terra. Era alongada, com dois mastros divergentes Armava dois panos latinos, uma vela espicha e possuía ainda 2 a 3 remos por bordo. |
![]() Desenho do Arq. Telmo Gomes, retirado do site da ANC |
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4- Lancha da sacada ou lancha grande era usada na pesca do alto e no lançamento das redes de sacada. Com cerca de 9 metros de comprimento e 2,7 de boca, era um barco de boca aberta, popa de painel e leme por fora. Tripulada por 4-5 homens, envergava um bastardo latino muito repicado com três filas de rizes. |
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5- Saveiro ou lancha pequena é uma pequena embarcação com cerca de 5-6 metros de comprimento, de boca aberta que colaborava com a lancha na arte da sacada. Geralmente envergava um bastardo latino, mas alguns tinham uma vela de carangueja (a fotografia ao lado foi fornecida pela empresa farense Construção Naval Lda; trata-se de um modelo de saveiro que a empresa constrói em fibra de vidro, podendo ser adquirido através do telefone 967023882). |
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6- Bateira era uma embarcação com cerca de 8 m de comprimento e 1,65 de boca. Era um barco de fundo chato, boca aberta e de proa e popa bastante erguidas, em crescente. Possuía duas a três bancadas, utilizava remos de cágado, dois por cada bordo e uma vela de pendão quando os ventos eram favoráveis. Era tripulada por dois homens, o arrais e o camarada, que utilizavam redes de emalhar para pescar nos esteiros da Ria. |
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7-
Canoa da picada embora fosse utilizada na pesca do alto, era sobretudo para a compra de peixe em alto-mar e ao seu transporte. Carregavam sardinha e sarda, (Desenho do Arq. Telmo Gomes, retirado do site da ANC) |
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8- Buque era uma embarcação usada na arte do galeão para detecção de cardumes e transporte de peixe. Tinha linhas finas com cerca de 12,5 de comprimento e 3,5 de boca, convés corrido, proa direita, popa ogival e leme por fora. Em navegação armava um bastardo repicado, com saia e duas ou três ordens de rizes e remos, na falta de vento e manobras de acostagem. Tripulada por 5 homens: um arrais ou mestre, e quatro camaradas. |
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9-
Caíque era uma embarcação de pesca, transporte e comércio, derivado do pangaio árabe e sucessor da caravela,
que navega na costa portuguesa desde o séc. XVI. Usado essencialmente na pesca do alto, onde usavam
aparelhos
(Desenho do Arq. Telmo Gomes, retirado do site da ANC) |
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Desenho do Arq. Telmo Gomes, retirado do site da ANC |
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11- Traineiras são embarcações a motor que sucederam aos galeões e, por isso, também usadas na arte do cerco para a pesca da sardinha, cavala e carapau. Com cerca de 15 a 20 m de comprimento e 6m de boca, são barcos de convés corrido, popa de painel arredondado e leme por dentro. Possuem 2 mastros e cabina para o mestre. |
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Bibliografia:
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Exposição "O Mar e a Pesca" promovida pela Câmara Municipal de Olhão no Museu da Cidade entre 15-4-2003 e 15-9-2003. |
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Câmara Municipal de Faro - Barcos tradicionais da Ria Formosa, miniaturas de José - Câmara Municipal de Faro, 1998. |
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Museu da Capitania do Porto de Faro |
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Museu Etnográfico de Faro |