Doc. 14
[Acta de] Vereação [da Câmara Municipal de Faro] de 9 de Dezembro de 1807
Nesta [vereação] se determinou [que] se passasse [a] averiguar alguns armazéns mais convenientes para o aquartelamento das tropas francesas ou espanholas.
Determinou-se igualmente subscrever em cartas aos Juízes e Escrivães das freguesias deste termo [de Faro] para remeterem de cada uma delas vinte e cinco cargas de lenha para aprovisionar a mesma tropa; e pela outra parte, para se averiguar a quantidade de palha de centeio que houvessem nas mesmas freguesias e ser depois conduzida para se encherem as enxergas para a mesma tropa.
Determinou-se mais que se fizesse aviso ao público para no dia onze virem a esta Câmara as pessoas da Nobreza, Eclesiásticas e Povo, mandando-se para isto [um] édito, o qual é da forma o teor seguinte:
Doutor Juiz Presidente, vereadores e mais oficiais da Câmara desta cidade de Faro e seu termo, etc.
Fazemos saber a todas as pessoas desta cidade, tanto da primeira Ordem, Nobres e Eclesiásticas, como demais pessoas do Povo, que para se tratarem Negócios que respeitam ao bem comum desta cidade e seu termo é preciso que no dia de amanhã que se contam onze do corrente mês às dez horas e meia da manhã se achem nas Casas da Câmara desta mesma cidade para aí se deliberarem os referidos Negócios, e isto com a declaração de ficarem suspeitos os que faltarem ao alarde dos demais.
Faro, 10 de Dezembro de 1807.
E eu, José Francisco de Alves Camacho, a escrevi.
Azevedo Falcão.
Barros.
Figueiredo.
Ribeiro.
Guilherme José Pargana.
Manuel da Costa.
Transcrição e anotações de Edgar Cavaco