PATRÃO JOAQUIM LOPES: homenagem a cidadão nascido em Olhão em 1798 e falecido em Paço de Arcos em 1890.

Embora tenha frequentada a escola e tenha aprendido a ler e escrever, aos 10 anos começou logo a trabalhar no mar, exactamente no mesmo ano em que os franceses foram expulsos de Olhão e o caíque Bom Sucesso foi ao Brasil avisar o rei da libertação nacional.

Aos 19 anos emigrou como pescador para Gibraltar mas, sem sucesso, pelo que aos 21 anos foi viver  para a vila de Paço d'Arcos, onde trabalhou como remador da falua do Bugio. Aqui tornou-se Patrão de Salva Vidas, tendo-se destacado por imensa bravura ao salvar centenas de vidas na Barra do Tejo.

Foi condecorado com a "Ordem da Torre Espada" pelo Rei D. Luís, a patente de 2º Tenente da Armada pela Marinha, e uma condecoração do governo britânico pelo salvamento da tripulação de duas escunas inglesas.

Teve funeral nacional organizado pela Marinha.

No cemitério de Oeiras pode-se visitar o seu mausuléu, e em Paço d'Arcos existe um monumento de homenagem na rotunda da Avenida Marquês de Pombal.

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Vista parcial do Jardim Patrão Joaquim Lopes, perto dos Mercados, em Olhão

(clique na fotografia para ampliar)

 

Em Olhão, no Jardim Patrão Joaquim Lopes inaugurado em 1957 (frente à Ria Formosa), foi colocado um seu busto em 1976 com alguns versos de Tomaz Ribeiro, e que sempre me impressionaram:

"Ganhou que as traz ao peito hábitos e medalhas
Nunca matando irmãos, mas a rasgar mortalhas"

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Monumento ao Patrão Joaquim Lopes, no Jardim do mesmo nome (clique na fotografia para ampliar)


Vista do Jardim Patrão Joaquim Lopes e o monumento ao Patrão Joaquim Lopes, em Olhão