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Associação de Valorização do Património Cultural e Ambiental de Olhão

OLHÃO PARA O CIDADÃO

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Rua do Comércio em perigo de extinção

A diminuição progressiva de clientes na Rua do Comércio é um facto.

Relativamente ao local, existem várias verdades à la Palice: a primeira é que só pode haver reanimação do comércio se forem atraídos clientes; a segunda é que só serão atraídos clientes se a Rua do Comércio tiver algo específico que não exista noutras zonas comerciais.

E as questões pertinentes são estas: quais são as suas especificidades e como é que poderemos valorizá-las?

Uma resposta é elementar: a promoção e valorização das características urbanas, dos seus cafés, das fachadas dos prédios aburguesados e das lojas, seguramente poderão atrair clientes, sobretudo os forasteiros.

Isto vem a propósito de não haver qualquer regulamentação urbanística específica para a área (aliás, como é norma para toda a zona antiga de Olhão…).

Esta ausência de regulamentação permite que se construa na R. do Comércio de forma semelhante à EN 125 ou aos arrabaldes da Amadora!

Veja-se como exemplo, um prédio que nunca deveria ter sido aprovado nesta rua (foto anexa) cujos pisos superiores, foram recentemente remodelados. Alguém acredita que se a R. do Comércio se transformar nisto, haverá alguma razão para um turista lá se deslocar?

Curiosamente, após algumas conversas, percebi que alguns comerciantes desta Rua não vêem nada de anormal no edifício…

Esta falta de consciência da relação entre as especificidades estéticas da rua e o valor comercial da mesma, tanto do lado da autarquia, como do lado dos próprios comerciantes, aliada à aprovação da construção dum futuro Centro Comercial de enormes proporções em Olhão (cerca de 70 lojas a inaugurar em finais de 2008, junto à EN 125) irá, a prazo, arruinar a maioria destes comerciantes.

O nosso País é pobre porque não aproveita as oportunidades que frequentemente estão debaixo do seu nariz: é o que se passa quando, numa zona turística como é o Algarve, não promovemos as nossas especificidades…

António Paula Brito

Presidente da APOS

(Associação de Valorização do Património Cultural e Ambiental de Olhão)

Nota: artigo saído no Olhanense de dia 1 e Outubro 2007.